Por Rafael Krieger
Fonte:
http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2009/09/02/ult4361u2791.jhtm
Em Cotia (SP)Rubens Barrichello deixou de lado qualquer receio que possa ter em relação à imprensa na terça-feira, quando organizou o "Barrichello Kart Day", confraternização com jornalistas em uma pista de kart na região metropolitana de São Paulo. Depois de correr com os repórteres e dar risada das rodadas e dos calos nas mãos dos convidados, o piloto da Brawn GP falou sobre a temporada de Fórmula 1 e sobre o seu futuro fora da categoria.
O recordista em GPs disputados não descartou migrar para a Stock Car depois que deixar o circuito mundial, mas negou qualquer possibilidade de se tornar dirigente no automobilismo. Depois e parar, voltarei para o Brasil, porque meu negócio é pilotar, e não penso em entrar nessa politicagem na Fórmula 1", declarou.
"Adoraria um dia testar a Stock. Sempre falei, assisti e acho muito competitiva. Mas não penso nisso de forma imediata", esclareceu o piloto, que se mostrou tranquilo quanto ao seu assento na Fórmula 1 para a próxima temporada. "Tenho conversado com muita gente. O melhor é que isso não demora muito. Foi um sofrimento desnecessário no ano passado", afirmou Barrichello.
Durante o desafio com repórteres no kart, Rubinho instruiu aqueles que nunca haviam pilotado e depois brincou na pista, sem entrar na lista oficial de classificação. "É como se fosse um dia da caça contra o caçador", disse Barrichello, que não deixou de "tirar uma casquinha" dos jornalistas.
"Não tenho uma relação ruim [com a imprensa], pois acho que não dá para ter uma idolatria. O jornalista tem o papel dele, e tem que ser assim mesmo. Mas o fato é que eu queria mostrar o quanto é difícil guiar com velocidade, porque dirigir normal é uma coisa, mas guiar com força não é fácil", explicou Rubinho, que admitiu se divertir com as "barbeiragens" de uns e outros.
A disputa pelo título
Rubens correu as duas baterias eliminatórias e, na final, apenas deu a bandeirada. Depois, distribuiu troféus aos cinco primeiros colocados e atendeu a imprensa para falar sobre o campeonato de Fórmula 1. Ele disse que está tendo a "chance que todo o piloto espera", e evitou falar sobre a suposta desvantagem psicológica do líder e companheiro Jenson Button.
"Todo mundo passa por altos e baixos, e ele pode estar passando por um momento mais delicado, mas o delicado para alguém que tem 16 pontos na frente não é muito. Eu adoraria ter esse momento delicado para mim. Então o importante é ver o meu lado, e não ficar vendo o dos outros, o importante é crescer, ter vencido em Valência, e agora é ir para cima".
Vice-líder do mundial com 16 pontos a menos que o companheiro de Brawn GP, Rubens disse que já esperava uma queda de rendimento do inglês: "Não dava para continuar daquele jeito. Sempre achei que ele fosse dar uma baixada", admitiu o brasileiro, que espera "continuar esse momento positivo para tirar ainda mais pontos".
Barrichello só lamentou o problema na embreagem que lhe tirou a chance de vitória na Bélgica, mas, para ele, "são problemas que podem acontecer, têm acontecido no momento errado, mas não dá para voltar no passado". "Consegui a sétima colocação na raça", destacou o piloto, que lembrou que o motor parece estar intacto, embora possíveis danos no câmbio ainda lhe preocupem.
Para encerrar, Barrichello deu o seu palpite sobre a vaga na Ferrari, em meio às especulações sobre a troca de Luca Badoer, o italiano que entrou no lugar de Felipe Massa e deu vexame nas suas duas corridas. Rubinho ressaltou que "não há substituto para Massa": "O Schumacher era um ótimo substituto, mas agora não dá para comentar. Eu estou até na ansiedade para ver quem vai pilotar, mas não dá para falar".
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